Na última quarta-feira, 22 de maio, a sessão da Câmara Municipal de Andorinha foi marcada por um clima quente.

O vereador Neguinho do Grigório iniciou seu discurso na tribuna criticando duramente uma obra pública de mais de 1 milhão de reais. Segundo o vereador, a obra está sendo mal executada e há indícios de desvio de verbas para financiar a campanha eleitoral deste ano. Neguinho prometeu fiscalizar rigorosamente o andamento da obra e garantir que os recursos públicos sejam utilizados corretamente.

Além disso, Neguinho denunciou o que chamou de "ditadura" implantada na cidade, referindo-se às demissões de funcionários públicos. Segundo ele, os funcionários estão sendo coagidos a participar de reuniões e gravar vídeos manifestando apoio à candidata do prefeito, sob pena de demissão. Ele também relatou que um funcionário estaria utilizando um carro da infraestrutura para levar seu filho à creche, o que considerou um abuso de recursos públicos.

Outro ponto levantado por Neguinho foi a suposta perseguição a artistas regionais. Ele afirmou que aqueles que não apoiam a candidata do prefeito estão sendo excluídos da programação dos festejos juninos de Andorinha. Neguinho se comprometeu a lutar contra essa prática, defendendo a liberdade e a diversidade cultural.

A vereadora Fausta Amorin reforçou as críticas sobre o uso indevido do carro da infraestrutura para fins pessoais e também se mostrou indignada com a exclusão de artistas dos festejos juninos por motivos políticos. Fausta considerou essas ações inaceitáveis e exigiu providências.

O presidente da Câmara, Nenê do Dário, fez duras críticas ao secretário de infraestrutura, Lourenço Duarte. Segundo Nenê, o secretário teria difamado uma jovem na lanchonete La Pastel, causando grande constrangimento à vítima. Nenê pediu mais respeito e educação por parte do secretário, exigindo uma postura mais profissional no trato com os cidadãos.

Nenê também abordou a organização do campeonato municipal, criticando a prefeitura por planejar um torneio com apenas quatro equipes, quando o mínimo deveria ser seis. Ele apontou a falta de planejamento como a principal causa desse problema.